INCERTEZAS

As águas mansas...
Quentes, espumadas...
Na areia da praia...

Nas marés baixas...
Escodem o rebelar...
Das ondas aprisionadas...
Formando frias tormentas
Em alto mar...

Um barco de papel...
Sobrevive em terra firme...
Sem sequer se arriscar...
Ao vento bravio...
E ondas incertas...

Como a um navio...
Pudesse desbravar...
É um sonho incerto...
E se incerto, por que sonhar...
Preso, acorrentado no peito...

Ancorado no cais da incerteza...
Protegido pela insegurança...
Se desfaz com o tempo
E à maré não se lança...
É apenas sonhar...

Bené Bené

Benedito Oliveira
Enviado por Benedito Oliveira em 24/08/2021
Reeditado em 27/12/2023
Código do texto: T7327298
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