Em nossas mãos
A minha agonia –
Dispersa-se com a esperança.
Fico aqui quieta – Encolhida –
Observando as pessoas...
Degladiando-se em seus egos,
Não mais distantes.
Crio um escudo imaginário –
Receio quantas vezes necessárias –
Um muro – Ou um rio –
Na imaginação –
É a proteção!
Foram em torno da insatisfação –
Os indivíduos...
Inflando os seus egos –
Fazendo-nos correr perigos,
Enaltecendo a vaidade –
Em ecos e vácuos.
Quanto tempo ainda nos resta?
Para o despertar – Enfim!
Ou ainda não sobra nenhum segundo –
Neste fim de mundo.
Por que tem que ser assim?
Até que não haja mais a expansão,
É o cessar da consciência –
Em uma breve existência,
Dissolvendo a razão.
Somos fadados ao fracasso –
Mergulhados no falso egoísmo,
Ruminando um triste lirismo.
Muitos pagando – Erros alheios,
E continuarão a pagar – Enleios.
Escolhas equivocadas, triste passo.
No silêncio –
Tomando arsênio.
Brindando o nosso destino,
Em completo desatino.
Quem se comprometeu?
Seja o que Deus –
Ou melhor, o que decidirmos,
Sem nós aludirmos.