Eu e o pé de feijão
Certo dia plantei feijão,
Aquele que ilustra a história do João...
Uns na areia e outros no algodão.
Reguei sempre cedinho
todos com muito carinho.
Logo o time do algodão brotou
e o outro não.
Passei observar com mais atenção,
e isso me levou a uma reflexão.
Os feijões do algodão logo cresceram,
suas folhas apareceram.
Os da areia timidamente despontavam...
Xereta eu fui investigar
suas raízes olhar...
Os que rapidamente cresceram
e graciosamente apareceram
raízes frágeis tinham.
Os que lenta e timidamente brotavam
raízes fortes apresentavam
mostrando que sua suposta fragilidade
Era um equívoco meu.
Refleti então,
observando o feijão
que assim somos nós.
Cada um suas bases,
forte ou frágeis
nos desenvolvemos em tempos
E ritmos diferentes.
Nem sempre o mais evidente
será o mais forte.
Nossas raízes determinam
quem seremos!
Que hoje o mais frágil pode ser
O que mais fortalecido será.
Não somos formados (felizmente).
Somos indivíduos ímpares.
Essa diversidade
é o segredo da humanidade.
O mistério Divino
que nos permite ser
Cada um em seu tempo...
Cada um de sua forma...
Cada um no desenvolvimento
De seu mistério Divino.
E toda essa reflexão
Graças a um pé de feijão.