Tiro Onda
Tiro onda do moleque da roupa indecente
Do socialista de iphone
E do escravo consumista
Tiro onda aquarelas ideológicas
Do cinza carente
Tiro onda dos carinhas, dos colegas desavergonhados
De você, de mim mesmo
Das inverdades calculadas
Tiro onda na tardinha de Estância, com carinha de chuvinha.
Soltando espadas de fogo
Tudo para não engolir sapo
E assim, vou levando
Colhendo sorrisos, firmados num traço
De que a vida não deve ser reta
É um tiro no escuro, buscando inspiração
Eternizada na poesia e encarnada na pulsão.