Tiro Onda

Tiro onda do moleque da roupa indecente

Do socialista de iphone

E do escravo consumista

Tiro onda aquarelas ideológicas

Do cinza carente

Tiro onda dos carinhas, dos colegas desavergonhados

De você, de mim mesmo

Das inverdades calculadas

Tiro onda na tardinha de Estância, com carinha de chuvinha.

Soltando espadas de fogo

Tudo para não engolir sapo

E assim, vou levando

Colhendo sorrisos, firmados num traço

De que a vida não deve ser reta

É um tiro no escuro, buscando inspiração

Eternizada na poesia e encarnada na pulsão.

Amaury Júnior
Enviado por Amaury Júnior em 21/08/2021
Reeditado em 19/05/2022
Código do texto: T7325413
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