[Uma pá de cal... no Tempo da gente] (Dueto)
No horizonte
E no abismo de mim...
Procuro explicações...
Enquanto a Vida dribla
O tempo... e foge
Da pá de cal...
Sorrio, complacente,
Pra o que minha mente
Me dá de resposta, é surreal!
Questiono
A validação de meu tempo
E na minha tela mental, um pega-pega...
[Surreal!!]
Eu
A Vida
E o Tempo...
Bastaria a alguém o Tempo que lhe é dado?
A Mente até o olha no horizonte
Mas o Coração vê... Mais longe
Vê além...
[Se inquieta...
Quantos desejos cabem numa Mente?
Uns mil? Dez mil? Um milhão?
Nem consigo imaginar...
Ah! Nossa mente
...é um “saco sem fundo”
(um buraco negro!)
E, destarte, o Coração se angustia
E sofre... (quem não?)
E por quê?
Simplesmente, porque sabe
Não ter tempo suficiente para satisfazer
Projetos, anseios, ambições, sonhos...
Sente-se entre a cruz e a espada...
As asas ainda não conhecem
A liberdade do voejar
(O êxtase)
Há tanto pra viver
(desejos engaiolados)
Há tanto por
Realizar
(Quereres algemados)
Ou não...
Mas o Tempo
“Brinca” de pique-pega...
E é sempre Ele
O pegador!
Quanto a alma se consome!
(dribla, se esquiva e se inquieta)
E, sobretudo pela certeza de saber
Que sobre toda a sua Vida (no tempo)
(a linha na mão do tempo é frágil)
E ele, até dá linha...
Mas se ela
E.S.T.I.C.A.R...
E arrebentar
(o pique acaba)
... não tem a minha vez de pegador!
Uma pá de terra lhe será jogada...
“Terminou o seu tempo!”
É o epílogo da estória... de sua vida
A brincadeira acaba...
Uma pá de cal do tempo
...no tempo da gente
E o pega-pega
A.C.A.B.A...
[Tão surreal!!!
Caramba! É simples assim...
Uma pá de cal... no Tempo da gente!
“Só que não!”
“H” e Juli Lima
Epitáfio · Titãs (ouça)
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