Da inspiração
Um pouco mais e pego a rua; me fugiu por um triz.
Ousei pisar antes à página um minuto, e ela fugiu,
inclinada ao barranco, a nordeste do verso.
Fugiu, certeza que fugiu, vi o esforço das botas na folhagem.
Espero o seu retorno, bebendo meu conhaque,
separando as conversas nos caixotes,
à folha de um poema de amor, qualquer que fosse:
até no sonho dos covardes
há um resto do pulso sob as unhas.
Fugiu, certeza que fugiu.
- Me traga outra garrafa!