Amanha eu vou partir para eternamente não existir.
Amanha serei apenas uma fotografia, posteriormente, nem o reflexo da minha imagem poderei ser.
Desaparecerei para nunca mais existir, deste modo, serei apenas a etimologização do meu nome.
O que é o futuro da existência, a concretização da inexistência, não posso ser o que sou, o fim é o princípio da existência.
Entretanto, o que é a ser, a negação do próprio ser, não serei pois sou a negação da sombra da minha figuração.
Não posso sonhar com o paraíso, muito menos imaginar o inferno, sou apenas a despedida da minha cognição.
Vou partir para nunca mais existir, serei o que sempre fui, o desparecimento será total, a negação de todas negações.
Tudo que posso dizer, não serei nunca mais, o meu corpo será apenas o seu sumiço, a eternidade será a ficção da imaginação.
Amanha eu vou partir para eternamente não existir.
Edjar Dias de Vasconcelos.