INTROSPECÇÃO

Noite suave, silenciosa e plena de nostalgia

Como fundo musical, a nona sinfonia

O hino da alegria.

Á medida que a música avança

Vou ficando mais pensativa

Sinto-me completamente desapegada

Deste mundo

E me interrogo algumas vezes

Inúmeras vezes

Questiono estupidamente tudo

Absolutamente tudo!

Maria, o que te apega a esta vida?

De vez em quando

uma pessoa precisa introspecionar-se

Fazer as perguntas, analizar as respostas

Que só poderão vir de dentro de nós

Ás vezes temos dúvidas,

Procuramos as respostas

E por conformismo ou estupidez,

Ignoramo-las

Ás vezes não temos dúvidas

E por estupidez, Inventamo-las

Parece que gostamos de complicar

Será?

Ou será porque gostamos

De ouvir exaustivamente

Aquilo que estamos fartos de saber?

Será masoquismo?

Mas será que existe alguém

Que goste de sofrer?

Ás vezes precisamos levar lambadas da vida

Ás vezes precisamos morrer por dentro

E renascer

Para nos tornarmos melhores como pessoas

De novo me pergunto,

DDo que me deixei sem resposta.

Maria o que te apega a esta vida?

Família, filhos, o amor, o carro, a casa,

A quinta, amigos, o cão, o gato, o mar,

As flores, Um olhar, um sorriso,

Uma palavra de amor?

Equacionando todos os elementos

Acho que já nenhum deles precisa de mim?

E eu? Ainda preciso?

Que importa o que eu preciso?

Quem se preocupa comigo?

Deixa-te de coisas estapafúrdias,

Digo eu para mim...

Viro-me para Deus e pergunto-lhe:

Deus meu Pai, o que me apega a esta vida?

A resposta vem prontamemte.

Deus sabia que eu Lhe iria colocar a questão

Maria, tu sabes que o tempo do teu regresso

Ainda não chegou.

Enviei-te o grande amor

que te houvera prometido

Acolhe-o com delicadeza

E acomoda-o com honras de Vip

No teu coração

Vive-o em plenitude, trata-o com realeza

E não desperdices o tempo

Que te está destinado

Se assim procederes

Viverás em estado fecundo de felicidade

Não importa quantas horas

Quantos dias, meses ou anos

Pode ser breve, pode ser a eternidade

Lembra-te Maria

Para o amor, não há medida no mundo

Para o amor não há idade.

Não te percas em inútil divagação

Aproveita bem o tempo

Faz o que manda o teu coração!

©Maria Dulce Leitao Reis

19/06/15

Direitos de Autor

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 09/08/2021
Código do texto: T7317105
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