A despedida do mundo.

Uma onda do ar, do mar, levando para o cosmo, transformando o corpo em poeira química.

Quem sou? Apenas fluido no universo, a destinação do vazio.

Sem crença, sem ideologia, o entendimento biofísico.

Deste modo, sendo transformado no azul do infinito, a minha história, o vácuo.

Assim sendo, sou a metamorfose deste mundo cósmico.

De Nietzsche a Sartre, passando por Heidegger, este é o meu dasein, o que fui apenas a negação de um substrato metafísico.

Subproduto quântico de um solo desértico.

O que devo dizer a ilusão da realidade cosmofísica, a partida para poder ser, exatamente nada.

O que era antes, somente alegria ao conseguir entender tudo, este mundo foi a magnitude da fantasia.

Com efeito, a partida, serei o que sempre fui, sem corpo, sem cognição, o que poderia ser?

A inexistência.

a negação total do ser, biologicamente um bicho qualquer.

Apenas a poeira do ar, o azul do infinito, a ausência de complacência, o mais absoluto desaparecimento.

Simplesmente a efetivação do nada.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 02/08/2021
Reeditado em 02/08/2021
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