A despedida do mundo.
Uma onda do ar, do mar, levando para o cosmo, transformando o corpo em poeira química.
Quem sou? Apenas fluido no universo, a destinação do vazio.
Sem crença, sem ideologia, o entendimento biofísico.
Deste modo, sendo transformado no azul do infinito, a minha história, o vácuo.
Assim sendo, sou a metamorfose deste mundo cósmico.
De Nietzsche a Sartre, passando por Heidegger, este é o meu dasein, o que fui apenas a negação de um substrato metafísico.
Subproduto quântico de um solo desértico.
O que devo dizer a ilusão da realidade cosmofísica, a partida para poder ser, exatamente nada.
O que era antes, somente alegria ao conseguir entender tudo, este mundo foi a magnitude da fantasia.
Com efeito, a partida, serei o que sempre fui, sem corpo, sem cognição, o que poderia ser?
A inexistência.
a negação total do ser, biologicamente um bicho qualquer.
Apenas a poeira do ar, o azul do infinito, a ausência de complacência, o mais absoluto desaparecimento.
Simplesmente a efetivação do nada.