Estranho
É o dia de tanta labuta
Sou eu diante de mim
É a noite que sucede a luta
É o luto que alarga o fim
É o fim que nem teve começo
É o meio que o fim justifica
É o que propicia o tropeço
É o assombro que significa
É o tempo que a tudo atropela
É a estampa que ao tempo disfarça
É o tombo que à alegria protela
É a tampa que tapa a trapaça
É o todo que a parte ignora
Independe qual seja o tamanho
É, à parte do todo, o agora
Que é completamente estranho.