Estranho

É o dia de tanta labuta

Sou eu diante de mim

É a noite que sucede a luta

É o luto que alarga o fim

É o fim que nem teve começo

É o meio que o fim justifica

É o que propicia o tropeço

É o assombro que significa

É o tempo que a tudo atropela

É a estampa que ao tempo disfarça

É o tombo que à alegria protela

É a tampa que tapa a trapaça

É o todo que a parte ignora

Independe qual seja o tamanho

É, à parte do todo, o agora

Que é completamente estranho.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 28/07/2021
Reeditado em 28/07/2021
Código do texto: T7309154
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