ESPERAS
Entre tantas poesias
Falta a transpiração da inspiração
Entre todos os poetas paira um véu cego sem transparência
Um tempo de imersão sem fertilização
A letra cai aos poucos
E com ela a pena , gravidade
Solo , uníssono, com forma e disforme
Sede , fome e ausências
Da completude formosa
Não da ribanceira, choros
Louvados sejam
Os versos tocantes no olhos, mares
Sabe-se lá quando em tocas verdes Renascerá o amanhecer.