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Dentro de toda possibilidade de amar

Eu escolhi a mais difícil e complicada

Aquela que dói os nervos e fere a alma

Que dilacera o ser em cada verso rasgado

Estou agindo com todo o arsenal de palavras

Dentro de um vocábulo pobre e perdido

Sou “poeta” cheio de falácias e mistério

Ninguém fica tanto tempo ao me conhecer

E viver para amar alguém é ferir o próprio amor

Não quero mentir para o destino com poesias

Elas encantam o espetáculo e destroem o ato

Por isso poetas não vivem muito

Eles vivem morrendo de amores

Sua morfina são as dores e a desilusão

Seu otimismo é um caminhão sem freio

Descendo uma ladeira em alta velocidade.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 14/07/2021
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