CIMENTO DE LÍRIOS
Não sei por que me aflijo
Se olho os lírios do campo
E relaxo este sertão rijo
E sorrio aos pirilampos ...
Deixe-me (que me alijo),
Ao olhar os lírios do campo
E ser assim mais só exijo:
Cabelos soltos, livres de grampos.
Há nos lírios meus delírios,
Sonhos de flores campestres -
Anteras, crateras, estigmas -
Sou pouco afeito a enigmas,
Mas os pólens tão terrestres ...
Que se ajeite todo deleite,
Campos cada vez mais silvestres,
Anteras, esferas, benigna
Ação de romper estigmas,
Ora etéreo, ora neste cipreste...