Avesso

Cri-me na imagem no espelho d`água.

Distorci quem eu seria.

Delirante..., vi a mim mesmo...

Encantei-me.

Despedaçado o espelho...,

Deparei-me com quem não fui.

Já não há mais o reflexo.

Foi perdida a imagem.

Resta agora a insípida fuga de quem sou...,

Mas devo parar, estou com você.

No constructo olhar panóptico...,

Preciso estar avesso.

Não a ti...., preciso te ouvir!

Perdoa-me!

“É que Narciso acha feio o que não é espelho.”

Já bem disse Caetano.

Ipatinga, 3 de julho de 2021.

Anderson Aquiles
Enviado por Anderson Aquiles em 03/07/2021
Código do texto: T7292176
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