Humano, demasiado humano.

Eu sou aquele que sonha, que chora, que erra e, mesmo assim não aprende.

Eu sou aquele que treme ante a possibilidade de perder, de perder o que não tenho.

Eu sou o futuro estrume das terras desse país, que deixarei de herança para os meus filhos.

Eu sou aquilo que não queria ser, mas como saberia eu se há tantos caminhos a cada esquina.

De manhã acordo e já nem lembro de ontem, os dias passam e eu já nem sei quem eu sou.

Era tão jovem, entusiasmado com o futuro e até que em fim aqui estou.

Mas o futuro é só uma possibilidade que nunca chega a existir, por que quando chega é presente e quando se vê já está ali.

O passado é uma tortura humana para lembrar o que não fizemos ou para lamentar os desacertos e de nada serve, assim como o futuro que já nasce morto.

No final é deixar que o barco se vá como faziam os vikings, é mergulhar no escuro da alma e se possível acreditar na eternidade.

No final é ficar parado, presentemente parado esperando a morte chegar.

No final é lembrar como poderia ser diferente, é desejar voltar e não poder mais.

No final é ser humano, demasiado humano e ir embora !!!