Fugitivo de si mesmo
Fugitivo de si mesmo, relutava a deriva
Repleto de devoção, omitia sua essência;
Sufocado com o medo que lhe sucumbia a vida;
Com pudores do passado e crivado de carência.
Retraído por seu carma que o Destino demarcou,
Prisioneiro de si mesmo, com dor e muita prudência
Pelejando o tempo todo com volúpia e amor;
Descontente com o modo dessa doce inocência.
Relegando o Destino por seu anjo protetor;
Temendo os maus intentos e talvez até demência
Preferido ser um “sábio” com fama de vencedor
Contudo, se reduzindo e traçando sempre ausência,
Afinal nessa peleja prevalece o sonhador;
Foi deixando para traz sua voz e preferência.