A LENDA
A LENDA
Ao estudar no Nordeste a cultura nordestina,
Me deparei com um cabra da peste,
O Capitão Virgulino..
A Lenda transformada em Mito
Ecoando como um grito nas veredas do Sertão
Do Raso da Catarina.
O homem mais biografado do Brasil,
Com a mulher mais cobiçada e mais cantada
Em verso e prosa, a Maria Dea,
A Maria Bonita, Dama do Capitão Virgulino.
Do Sertão do Pajeú,
Ao Raso da Catarina,
No Ceará foi buscar a bênção do do Padre Cícero Romão,
E dele recebeu a patente de Capitão Virgulino.
No Sertão fez-se festa
Para comemorar a honraria
Tocada com saxofone e violino até o raiar do dia
Para homenagear, o Capitão Virgulino
Guerreiro do Sertão
E conhecedor dos problemas sociais
Lutava à sua maneira para ver se conseguia
Um Nordeste dos iguais..
Haviam quatro vertentes do fenômeno social,
O coiteiro e o fazendeiro
A volante e os guerreiros.
Havia também o mensageiro,
Que muitas vezes era o vaqueiro
Que fazia a mensagem chegar ao destino,
Encaminhada que era, ao Capitão Virgulino.
Aqui estou me encontrando, com o que chamavam bando,
Que a História validou como Guerreiros do Sol.
Filhos da desigualdade social,
E das injustas relações de produção,
aonde a lei não chegava, o fraco se fazia forte,
Havidos por mudanças e buscando a esperança
Daí o Mito e a Lenda, do Capitão Virgulino.