A LENDA

A LENDA

Ao estudar no Nordeste a cultura nordestina,

Me deparei com um cabra da peste,

O Capitão Virgulino..

A Lenda transformada em Mito

Ecoando como um grito nas veredas do Sertão

Do Raso da Catarina.

O homem mais biografado do Brasil,

Com a mulher mais cobiçada e mais cantada

Em verso e prosa, a Maria Dea,

A Maria Bonita, Dama do Capitão Virgulino.

Do Sertão do Pajeú,

Ao Raso da Catarina,

No Ceará foi buscar a bênção do do Padre Cícero Romão,

E dele recebeu a patente de Capitão Virgulino.

No Sertão fez-se festa

Para comemorar a honraria

Tocada com saxofone e violino até o raiar do dia

Para homenagear, o Capitão Virgulino

Guerreiro do Sertão

E conhecedor dos problemas sociais

Lutava à sua maneira para ver se conseguia

Um Nordeste dos iguais..

Haviam quatro vertentes do fenômeno social,

O coiteiro e o fazendeiro

A volante e os guerreiros.

Havia também o mensageiro,

Que muitas vezes era o vaqueiro

Que fazia a mensagem chegar ao destino,

Encaminhada que era, ao Capitão Virgulino.

Aqui estou me encontrando, com o que chamavam bando,

Que a História validou como Guerreiros do Sol.

Filhos da desigualdade social,

E das injustas relações de produção,

aonde a lei não chegava, o fraco se fazia forte,

Havidos por mudanças e buscando a esperança

Daí o Mito e a Lenda, do Capitão Virgulino.

ALMA GRANDE
Enviado por ALMA GRANDE em 13/06/2021
Reeditado em 14/06/2021
Código do texto: T7278215
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