Do que eu gosto

Eu gosto é de fazer café

E escrever poesia

Em plena pandemia

Brincar com as crianças

Como se fosse uma

E o melhor ou pior

É que descubro que sou

Tremendo crianção

Apesar da idade de tiozão

Hoje eu não caí na pista

Pra fazer o que mais gosto

Depois de fazer café e escrever poesia

Dirigir

Cada dia um almoço diferente

Ontem comi em Mangaratiba

Comida feita na lenha

Cada semana um prato diferente

Num lugar distante

Meu trabalho é turistico social

Dirijo por amor

Me divirto e ouço

Mas também desabafo

Que não sou de ferro

Ipanema

Leblon

Gávea

Urca

Vidigal

Já vi cada condomínio

De dar água na boca

Pensei até ser outro mundo

Outro País

Morando na roça

Você se perde

Mas é só ligar o Waze

Que você se encontra

Do Leme ao Pontal

Cada pedido de corrida

Um sentimento de missão

Não me sinto rico

Mas útil

Meu carro é minha ferramenta

Meu sonho

É sair do vermelho

Respeito os sinais

Os cruzamentos

As pessoas

Todas são boas

Se há exceções?

Sim, há

Mas procuro ver o melhor

E dar o melhor que ainda existe em mim

Não mudarei o mundo

Mas pelo menos aqueles minutos e segundos

Quem sabe não significarão

Um alívio

Um toque de felicidade

Carlinhos Real
Enviado por Carlinhos Real em 06/06/2021
Reeditado em 06/06/2021
Código do texto: T7272730
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