CALVÁRIO DO POBRE POVO BRASILEIRO ( SALVADOR, 18/05/21)

Os braços em cruz estendidos,

Olhos no horizonte perdidos,

Caminha o povo para o calvário,

Refém da fome, da dor e privação,

Carrega sua cruz da aflição!

Tem saudade do passado

Quando era feliz e não sabia.

Se não tinha fartura,

Também não passava fome.

Nao faltava emprego ao homem.

Os braços em cruz estendidos,

Caminha o povo para o calvário,

Um cortejo esfomeado de velhos,

Adultos e pobres crianças

Sem fé, sem esperança.

Sem trabalho, o homem se avilta,

Se maltrata, se irrita

Por nao poder levar o pão

Para alimentar a familia.

Fazer pelo menos uma refeição.

Quer,acima de tudo,a dignidade

Do emprego,não se sentir uma nulidade!.

Quer o que tem direto:Trabalho!

Nao se sentir um rebotalho!

Os braços em cruz estendidos,

Olhos no horizonte perdidos,

Caminha o povo para o calvário...

Até o dia, da redenção sem tardança.

Depois da tempestade, vem a bonança.