MENOS UM SEGUNDO
O chão encarpetado abafa o som dos meus passos.
Quando vou do quarto à cozinha incógnito,
No mesmo instante que um buraco negro engole uma estrela
Da simplicidade de minha existência
À complexidade quântica das partículas elementares,
Uma linha tênue quase se rompe
Quando o sopro do Nada perpassa
E me dá aquele frio na espinha,
Que na verdade é na nuca
Ao tempo que sussurra em meu ouvido:
"Menos um segundo, menos um segundo"