O meu eterno propósito.
Escrevo coisas difíceis, falo do princípio da incausalidade, sou anti metafísico, sei o significado da anti matéria, reflito o começo do fim, compreendo o anti fundamento.
Sei de onde viemos para onde vamos, qual é a finalidade do mundo cosmofísico.
O que devo dizer que não sou enganador, a minha cognição tem como propósito a verdade, motivo pelo qual não sou muito querido.
É melhor deste modo, disse Camus, este modus é outro modus, a minha sorte, nunca tive habitat, o meu mundo foi o meu quarto, a forma que tive para poder aprender a sabedoria.
Compreendo o futuro do universo, sei o que serei quando o futuro efetivar-se, qual o significado do tempo, apenas o presente contínuo, jamais embarcarei em ideologias, a minha razão não é logocêntrica.
Acabamos quando deixamos de existir, não somos nada quando não temos genealogia, a simplicidade da inexistência do tempo.
Com efeito, eu sou o que sou, o mundo é o que não é, apenas uma breve passagem para poder desaparecer, o tempo inexistente será esquecido.
Você sabe o que é o escuro, o gelo e o frio, o futuro do universo, o mundo é cruel em sua magnitude, a inteligência não é cognitiva.
Entretanto, sei da minha história, como tudo começou, dos meus antepassados, a origem da minha genética replicativa, substancialidade quântica, o universo repetido, o futuro do futuro, no presente contínuo.
Apesar de viver distante, ser preso em minha pessoa, tive o silêncio como trajetória, compreendo o segredo das mentiras, sou o que sou porque nunca fui.
A complacência do meu ser é não existir.
O meu sonho a negação das ilusões, não acreditando nas fantasias da alma, aquele que estuda bastante, sabe qual é o propósito dos enganadores, sobretudo, Filosofia.
Entretanto, existe algo superior a minha pessoa, a vontade indelével da verdade como proposição, o meu eterno desejo.
Todavia, sou o engano dos meus anseios.
Edjar Dias de Vasconcelos.