AINDA ASSIM
E o isolamento?
E o peso do vento?
E esse lamento?
Estou me remoendo
Ninguém está vivendo
Está tudo doendo
Eu fico perplexo
Está tudo sem nexo
É um burro complexo
de um povo bizarro
Para dizer: "na morte me amarro"
De sol em sol, aqueço meu olhar
Para ter fome de viver
E ser paciente em esperar
Se está aqui nem tudo acabou
Na mínima esperança
O pequeno se apegou
E essa ignorância?
Chega a me dar ânsia
Tem minha repugnância
Não existe zelo, só confusão
Querem rir de toda uma nação
Exterminar parte da população
E com isso sequestram alegria
Transformam em noite o dia
Vivemos em disritmia
Desejo força para você e para mim
Irmos seguindo assim
De estrela em estrela, observo o brilhar
Para ter fome de ser
Para ser corajoso para amar
Se está aqui, tenha uma nobre finalidade
Na mínima ousadia
Da sua singularidade