Promessa de pressa, depressa

Levanto, sento e deito

Com esta angústia no peito

Na impotência eu agonizo

Enquanto busco o riso

Mas não o meu, o teu

Aquele que todos alcança

Que o sonho prometeu

No qual dança a esperança

Vejo destroços, no entanto

E sinto muito, eu sinto tanto

Porque não basta a empatia

Nem o altruísmo anestesia

A dor que hoje carregas

Às claras ou às cegas

Componho então o verso

Como consolo, mas é perverso

Que solução me traz?

Até rima, mas é fugaz

Incapaz de trazer à luz

O que ele mesmo traduz

"Dias melhores virão"

Em que me agarraria se não

Ao mantra e às promessas

Que me introduziram às pressas?

Katlyn Dias
Enviado por Katlyn Dias em 29/05/2021
Reeditado em 29/05/2021
Código do texto: T7267181
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