Vou construir sozinho o meu caminho na inexistência do tempo.

Vou seguir o meu caminho, sempre sozinho, sentindo o brilho do sol, o meu destino será da cor do infinito.

Compreendendo as malandragens das intuições, o meu desejo é poder voar sem ser impedido pela lei da gravidade.

Sei que tudo isso que ensinam é a mais absoluta loucura, todavia, será desta forma a vossa doçura.

O mundo é o vosso habitat, como forma de colonização do seu olhar fruto das decorações propositadas em meios idiossincráticos.

Sei que um dia a incausalidade transformará a nossa incandescência em um grande bloco de gelo, tudo será escuro e frio.

Entretanto, antes deitarei sobre as nuvens do cosmo, serei conduzido pelo vento, negando a ideologia do tempo, pois não verei o sinal da pastagem, não sentindo o solo infértil.

Entretanto, contemplarei a luz azul do mundo, cantarei a minha canção, sendo os versos construídos por mim, vangloriando as fantasias da imaginação.

Serei dono da minha vida, vou substanciar minhas ilusões, recordando dos meus sonhos, negando os grandes delírios.

Saberei me definir sem sentir as ondulações das voltas dos eixos da própria terra, pois sei que o tempo não existe, serei o meu projeto temporário, é melhor deste modo, não preciso das ideologias, quando tudo é apenas cultural.

Então os passos dados, construindo a minha direção, serei a historicidade da vida, sei que o futuro terá que ser assim, pois o presente é deste modo, quando nada poderá ser.

Esquecerei de tudo que devo esquecer, apenas o meu sorriso ficara comigo, a inefabilidade das palavras, a doçura de minha substancialidade.

Sendo o meu fundamento, deixarei a sorte, viverei a minha escolha, em outro mundo, entretanto, decidirei o meu caminho até ao fim, sendo a minha escolha uma onda de luz presa em mim.

Sentirei os meus passos, além do passamento, olhando a inexistência do tempo, como se tudo nunca tivesse existência, sendo o entendimento desta magnitude, o meu olhar perplexo.

Deste modo, esquecerei a vossa complacência, serei então o meu desejo, quando tudo tem que não ser, vou construindo sozinho as intuições em outra onda, inexplicavelmente esquecida.

Com efeito, serei apenas o vento conduzindo para longe as destinações perdidas, no esquecimento do instante das etimologias incompreensíveis em meus desejos impossíveis.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/05/2021
Reeditado em 24/05/2021
Código do texto: T7262669
Classificação de conteúdo: seguro