Proteção

Tenho sido como os espinhos

Protegendo meu mundo único

Perdoa! E ferindo de mansinho

Refletida nos cristais do brinco

Voo com essa alma sonhadora

Que não decora a prosa, nome

É essa memória que me devora

E sem tempero algum me come

Neurônios não se apaguem...

Sem transtornos como mil raios

Em todas as direções propaguem

Toda a memória; gatos e balaios

Plantas, mudas, natureza de maio

Os ais, e sais de tarde ensolarada

E brisa calma em noite enluarada

Só não solte tua mão, senão, caio.