As ondulações do tempo.
Quero dizer algumas palavras, relatando a minha acepção apodíctica, gostaria que você entendesse o meu substrato.
Na vida eternamente adolescente, portanto, tinha medo de tudo que poderia ser.
Deste modo, a vossa intuição poderá compreender o trilho pelo qual tive que caminhar, refletindo as recordações distantes que ficaram em minhas emoções.
Solidariamente entendi a heurística das lamentações, todavia, formulei o entendimento das ilusões, a heteronomia das inconclusões.
Que mundo é este? Metafóricas imponderações.
Os grandes segredos, apenas a minha pessoa sabia da destinação do meu ser, a dialética apofântica substanciada na cognição.
Posso lhe dizer o que foram as invenções, um jovem procurando inventar suas descobertas, sozinho no mundo como uma árvore perdida no deserto exegético, a verdade apenas um método.
Conseguia ver a noite o vermelho da lua ao meio de tantas estrelas, a única esperança, a solidão das madrugadas, ao delírio das incompreensões, a pedra encontrada em direção a uma grande montanha.
Uma partícula de ouro como fruto das vossas pétalas, pois você é a mais bela flor.
Sentia a tristeza da distância, as recordações ficaram no tempo das idiossincrasias dionisíacas.
Posso lhe dizer tudo que vivi, entretanto, deixei guardado na
gnosiologia kantiana, o sujeito fenomenal das descobertas.
Não consegui sonhar o ideal dos meus desejos assertóricos, todavia, pude viver parte da substancialidade, o passado está dentro da minha mente incluindo a vossa presença.
A vida sempre foi melhor que a imaginação, tive cuidado com a minha pessoa, era o meu jeito para poder vencer, como referência apenas o azul do infinito.
As vezes os meus olhos enchiam de lágrimas quando procurava a esperança, o sinal da predestinação, um rapaz com cabelos longos despenteados, procurando entender a razão logocêntrica.
Deste modo, desejava apenas estudar Filosofia para entender o sujeito subjetivo.
Onde eles estão neste momento, entre curvas e trovões não era possível encontrar a resposta correta.
Perguntava a seu respeito, escutava apenas o silêncio da vossa imagem, sabia que o seu coração estava encantado, porém, a vossa pessoa desconhecia as minhas proposições.
Quem sou o que tenho em meu habitat, apenas a linguagem formulada por mim, descobrindo o soluço das lágrimas.
Tive que inventar uma nova canção para despertar a velha paixão, o tempo era outro, entretanto, um grande sonho, os portões abriram quando as paredes foram fechadas.
Desejava despertar em ti os meus desejos, queria ser apenas a incandescência dos vossos olhos, a doçura do seu sorriso, no entanto, estava distante da sua vontade.
A minha inexaurível ontologia, desejava lhe mostrar o canto da minha voz perdida no eco da sua imaginação.
O meu mundo não era a distração da vossa ideologia, a minha pessoa tão somente a compreensão hermenêutica da Filosofia apolínea.
Queria sentir o cheiro do vosso perfume, ser o seu inefável encantamento, a sua indelével escolha, a contemplação do vosso sonho, você poderia ser o meu templo sagrado.
Assim sendo, teria em mãos o paraíso desejado.
Você sempre foi o esplendor da minha existência, a luz do meu cérebro, o brilho da minha complacência.
Quanto a minha pessoa o resplendor da sua eternidade, a sua felicidade dignificada.
Queria que você entendesse a doçura das minhas palavras, a ternura dos meus lábios, você poderia ser o encantamento da minha alma.
Em referência a minha pessoa, seria o vosso mundo encantado, você compreenderia quem sou, entendendo o meu passado, o mundo construído por mim, onde estou e qual é o meu verdadeiro destino.
Por que tive que ser o que sou.
Então você seria a substancialidade da minha alma, todavia, tudo é temporário a única eternidade é o tempo.
Edjar Dias de Vasconcelos.