O TEATRO E O ARTISTA

Encharquei meus olhos

Olhando a áurea dos olhos.

Mergulhei na janela

Nadei nas entranhas.

Observando a perfeição

Deixando aflorar o melhor.

Ah! Eu vivi momentos

Que o mundo me ofereceu.

Só aprendi o além

Quando deixei o ego

Nas paredes do quarto.

Deixei o mistério percorrer

Falando no mais profundo.

Na análise sobrevivi

O sobrenatural da vida.

Sublimes são as entranhas

Que dos olhos podem ver.

Abri a cortina do teatro

E sorri para a platéia.

Deixando o artista no palco

Sentado a beira do caminho.

Meu alto retrato

O mundo fora de mim.