EI TU AÍ

Pé ante pé subo a calçada,

não quero atraír o cinismo

de gente ruim e frustrada.

Fujo silenciosamente

desta gente disfarçada.

Gente sem sensibilidade

que faz parte da horda

que não nos acrescenta nada.

Amedrontada e submissa,

depois, destemida e revoltada

Lutei contra os demónios

que me roíam as entranhas.

Foi uma luta sangrenta,

com vários rounds.

Ganhei algumas batalhas,

perdi outras.

Ganhei a guerra quando me serenei,

Ganhei a guerra, quando me encontrei,

Ganhei a guerra quando me libertei

e me fiz livre!

Ei tu aí!

Olhas para mim, mas não me vês.

Ei tu aí!

Falo para ti mas não me ouves.

Tu não me vês,

não me ouves

e não me sentes

porque de todo não me conheces.

És parte do bando de egocêntricos,

que não cumpre a missão para que veio.

A vida...

É muito mais que acumulação material.

A vida...

É muito mais que ira.

Quem vive irado

perde a beleza e a doçura

do beijo e do abraço.

A vida...

É comunhão, leveza, partilha,

alma branca e coração vermelho de amor.

A vida é amor e empatia.

O amor é o epicentro

de onde irradia

tudo o que é bom e nos faz bem!

Quando é que nos convencemos

que é através do amor

que nos preenchemos?

© Maria Dulce Leitao Reis

Copyright 13/05/21

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 19/05/2021
Código do texto: T7258935
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