Distinta meia-noite

Sou o culpado por tudo o que há de ruim

Se sofro ou me desaponto

Se choro em soluços risonhos

A culpa está dentro de mim

Quem sabe eu não fosse assim

Tivesse o cheiro de jasmim

Fosse puro ou belo

Assim como um querubim

Sou o meu próprio fim

A ruína de uma história qualquer

Sem qualquer atenção divina

Se com amor não se aprende,a dor ensina

Como se o trajeto fosse uma linha muito fina

Sensível, distinta

Entre trajetos e sinas

Sou um quadro pintado sem tinta