Força Abstrusa
Força Abstrusa
Quisera eu compreender essa força que
Hora empurra, hora prende, hora levanta voos
Para em seguida mergulhar
Em uma arremetida excepcional.
Não consigo ficar parado, sossegado,
Porque tudo queima e me consome.
Não encontro a paz porque,
Intensa assim, ela me absorve.
Se pensar que é algo que possa passar,
Talvez haja esperança de reatar com a paz.
Mas também quando passar
Possa parecer estagnado, sinal de morte.
É, na verdade já não consigo reter essa força,
Eu quero fazê-la sair pelos olhos,
Pelo ar exalado pelas narinas, nas palavras da minha boca
Qual um vulcão que explode suas larvas.
Não sei quando tudo começou,
Não sei de onde tudo surgiu, a origem, a fonte,
Mas sei que nela há algo de muito bom
E sei que ela é transcendente.
Enfim, aonde quer que eu vá, ela é quem conduz.
O que quer que eu seja, é ela que me mantém de pé.
Quando um dia eu me perder, trará de volta todo o meu ser,
Porque por ela e com ela eu serei eterno por mim e em mim.
Divino de Paula