DO VIAJANTE

Já não lembro

A quanto tempo

Pus os meus pés aqui.

Nessas idas e vindas

Que nos reserva a Vida

Apenas sei de que tudo esqueci.

De meus passos ficaram marcas

Que são velhas amarras

No tempo imemorial.

Surgidas num ignoto caminho

Nunca antes por alguém percorrido

Quiçá por algum imortal!

Quisera saber

Que existe mais além

Do tempo

Dos sonhos e da Imortalidade?

Quantos nomes possuí?

Em quantas faces me desfiz?

Nem eu mesmo sei.

Um dia sê semente.

Outrora, planta dormente

Que erva me tornei?

De meus passos restaram vestígios

Que foram todos perdidos

No ciclo temporal

Não há limites para quem venha de longe

Muito menos àquele além do horizonte

Nem a um mortal!

Quisera saber

O que existe mais além

Das estrelas,

Das esferas e da Eternidade?

Leonir Garcia
Enviado por Leonir Garcia em 14/05/2021
Código do texto: T7255429
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.