"A efemeridade do presente está esmagada
entre duas constantes. A que temos saudade,
e a que assusta em sua rapidez..." (M. Rocca)
Não é a poesia
das coisas, autora.
Talvez de si mesmo.
Versos zunem como vento,
isso, sempre tenho dito.
De mim incessantemente
escapolem às horas.
Como essas rugas
que apalpo no pescoço.
Por certo, seja o tempo...
Martirizo o presente
remoendo o passado
à meia noite de mim.
É efêmero como osso,
entre duas constantes.
O passado amado e afã,
noutra, um desconhecido
a despertar amanhã...
05/05/21