TU ÉS

TU ÉS!

Numa constatação súbita

percebo a importância indubitável

de tua presença no meu existir!

Pois, tu és a flor que desabrocha,

flore e murcha em meu pensar!

Tu és a fonte que jorra abundante

em meio à sede dos transeuntes

no deserto!

Tu és a beleza poética desaparecida

em meio a pensamentos perdidos!

Tu és a mulher adúltera que

sofre pela indecisão da escolha!

Tu és a secretária competente e austera

que sustenta feito alicerce,

as desmesuras do chefe!

Tu és a enfermeira que cuida

do doente enxangue que luta

por mais um pouco de força vital!

Tu és a fonte dos pensamentos vários

de amor, de dor e de esperança

do escritor inspirado em ideias poéticas!

Tu és os espinhos das cactácias

que protegem e nutrem a planta seca!

Tu serás sempre a sereia

que nada de braçada na luxúria

dos pensamentos do amante!

Tu és a vida insipiente de mundos

colidindo em relacionamentos vários!

Tu és o alento que revive o sapo inerte

na neve; ressurreição da vida coaxante!

Tu és a linda mulher-amante que transformas

o simples sexo, em algo divino, poético, extasiado!

Tu és e sempre serás a moçoila

que não desistes do amor acalentado!

Tu és a timidez que serás superada

pela determinação em vitórias e conquistas!

Tu és, enfim, meus poemas, poesias e afins!

Sem tu, a vida seria um pouco mais

sem brilho e sem fulgor!

Pois tu és o meu amor acalentado

do passado distante; inalcançável!

E, como no passado,

cuja lembrança eterna persiste,

te tornas perene na lembrança da eternidade

da minha alma imortal e triste!

Assim,... tu és!

Rogério Malta – 02/05/2020