EU, ÁGUA
Sou água límpida e transparente, mas exposta.
Poluentes, desgastes, maus-tratos; triste aposta,
Grandes borbulhas, agonizando em minha costa,
Findando a transparência, denuncia, se mostra.
Era eu, inocente tempo; pureza líquida!
Degradada e poluída nesta terra estúpida,
Ganhei “sabor” amargo, às vezes, insípida.
Mas sobrevivo, tal e qual, pessoa intrépida.
Sou vida, mas a vida me despreza!
E desde que a vida me represa
De más vidas minha vida presa
Tento sobreviver ao último suspiro.
Eu, água, eu vida tua vida;
Minha morte tua morte, não duvida,
Melhor que não me faça ferida
Eu, água, tua vida.
Ênio Azevedo
Sou água límpida e transparente, mas exposta.
Poluentes, desgastes, maus-tratos; triste aposta,
Grandes borbulhas, agonizando em minha costa,
Findando a transparência, denuncia, se mostra.
Era eu, inocente tempo; pureza líquida!
Degradada e poluída nesta terra estúpida,
Ganhei “sabor” amargo, às vezes, insípida.
Mas sobrevivo, tal e qual, pessoa intrépida.
Sou vida, mas a vida me despreza!
E desde que a vida me represa
De más vidas minha vida presa
Tento sobreviver ao último suspiro.
Eu, água, eu vida tua vida;
Minha morte tua morte, não duvida,
Melhor que não me faça ferida
Eu, água, tua vida.
Ênio Azevedo