PALAVRAS
Arrumo a mesa e não as vejo,
em parte alguma.
Desarmo-me pela ausência
Da visita costumeira,
Que habitava em mim!
No silêncio reservado,
Espiando as sombras,
Invoco às alturas,
Pelas palavras flamejantes.
Ora são úteis e inúteis,
Ora secas, ora proféticas,
Ora cândidas, ora dolorosas...
Assexuadas como o anjo que me as dita.