Estável
Me perguntaram
Qual é a minha
Normalidade
E respondi:
A minha normalidade
Não exige normas.
Sou a completa
Instabilidade,
Quebrando todos
Os paradigmas
De quem luta
Pela liberdade
E não aceita as regras
A tal cidadania
Que compreende
A luta de classes
E só percebe o amor
Se for para ser livre.
Que procura despir
As fronteiras,
Barreiras impostas
Por quem implanta cercas
Ao invés de plantar flores.
Sou adepto das cores
Que podem na fantasia
Tratar de seguir a utopia
Que acredita mais em crianças
Do que em canhões.
Que acredita que ser revolucionário
É movimentar corações.