“EU SOU QUEM SOU” (VERHÃNGNISVOLL)
“EU SOU QUEM SOU” (VERHÃNGNISVOLL)
O casal banido do Paraíso sob a lua de mel do castigo
Seus antecedentes capengas trabalhavam sobrevivência
Na Terra híbrida das máquinas bípedes de corpo ereto
Humanóides formatados pelo Deus Et. Azeitado, esse
Casal dito primeiro se tornou o pai e a mãe de Caim
Abel: totens descendentes da Terra do leite e do mel
Produzidos à imagem e semelhança do Et Criador
Com poderes para povoar o planeta com delírios
De poder e de dor. A inveja e o instinto malfeitor
Logo mostraram ao que vieram: os primeiros crimes
Recém nascidos da criação do barro, indicavam os
Vestígios do mundo em que sobreviveriam os fardos
Milhares de dias dias depois, os filhos do Paraíso
Mataram-se aos milhões, urdiram explosivos com
Enorme poder de destruição. Bombas para melhor
Assassinarem seus ditos semelhantes com armas
Que não mais eram de mãos. Eva ganhou ares de
Deusa empoderada pelos cosméticos da indústria
Química, tornando-se capa de revistas de sedução
Perfilada pelos fotógrafos das estrelas, ela, soberba
E soberana do mundo cão de Adão. Namoradinha
Das agruras desse planetinha com suas vidinhas
Nos últimos dias próximos à total extinção. Sábios
Do “povo mais fatal da história universal”, voz das
Aristocracias guerreiras pela posse das matérias
Matérias-primas das esferas. A religião, a filosofia
A ciência a serviço dos compromissos de ganhar
Ganhar dinheiro, ganhar o terreiro dos valores da
Bolsa de Valores: Igrejas, Sinagogas e Mesquitas
Desejosas de comandar o mutirão das coisas, das
Riquezas de barro agregadas às multidões. Águas
Dos riachos, lagos, rios de fluidos cristalinos em
Chuvas ácidas se tornaram pão ázimo da comunhão
Mares plastificados, florestas de cimento armado
O verde da Amazônia, os malefícios dos ministros
A Terra Devastada pelos Bolsominions padrões
Tudo sacrificado aos fogos de artifício de meninos
A sociedade de Caim prosperou em pão e circo
Seus governos e governantes não param de pagar
Mico. A fera do progresso não se sacia em pregar
Na cruz o povo Cordeiro a comer o pão ázimo
Fermentado no Templo Tropicalista de Salomão
Eu Sou Quem Sou, símbolo da sociedade do João
O homem que caiu da cama ao abraçar o lado
O lado errado no vazio onde está quem realmente
Ama: o poder do trono “Sou eu quem mando”
Enquanto a cultura, a arte, a filosofia, a ciência
E a religião ficam reféns do Palácio, e o Povo
Aos pedaços aos cuidados de máscaras, álcool
Gel em dias de farinha, ovo e arroz com feijão.