Supernova

Não, por favor, retire-se!

Repito, retire-se! 

Retire mágoas outrora, retire-se...

Prove a incompetência amargurada 

Da decente proeza do mergulho sem fôlego

Postulado inédito da persona perene 

Da moralidade e felicidade de Kant!

A voz do poço tapado sem resposta 

Do medo descurado do que me garantes a certeza

No passo adiante ao obtuso cruzamento do EU

Da mais cega visão apurada da vasta inspeção contínua

Dos mais cautelosos boçais, da mais tardia conversa duvidosa.

Eu que me reprimo tanto, por ser quem de mim tiveras 

Apesar que tiveras tampouco hoje

No fervor da ponta da caneta que decifra versos

Deglutindo carentes tão pouco vívidos

Entes de uma natureza além do contra si mesmo

Brilhante como uma supernova!

Explodindo num talento de beleza aos olhos de outrem

Destruindo por completo como quem rasga a obra

Como quem devora a fórmula do incansável fracasso

Doravante estarei ali para muitos...

Como quem sempre deveria estar, no turvo do amanhã.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 14/04/2021
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