Supernova
Não, por favor, retire-se!
Repito, retire-se!
Retire mágoas outrora, retire-se...
Prove a incompetência amargurada
Da decente proeza do mergulho sem fôlego
Postulado inédito da persona perene
Da moralidade e felicidade de Kant!
A voz do poço tapado sem resposta
Do medo descurado do que me garantes a certeza
No passo adiante ao obtuso cruzamento do EU
Da mais cega visão apurada da vasta inspeção contínua
Dos mais cautelosos boçais, da mais tardia conversa duvidosa.
Eu que me reprimo tanto, por ser quem de mim tiveras
Apesar que tiveras tampouco hoje
No fervor da ponta da caneta que decifra versos
Deglutindo carentes tão pouco vívidos
Entes de uma natureza além do contra si mesmo
Brilhante como uma supernova!
Explodindo num talento de beleza aos olhos de outrem
Destruindo por completo como quem rasga a obra
Como quem devora a fórmula do incansável fracasso
Doravante estarei ali para muitos...
Como quem sempre deveria estar, no turvo do amanhã.