LIÇÕES DE RIO
(Por Érica Cinara Santos)
Olho-te, rio
Da tranquilidade de minha janela
Enxergando teu caminho-desafio
Qual líquida e sábia passarela
Depara-te com obstáculos em tua frente
E em ti não há abalo ou incerteza
Com amor contorna-os mansamente
Na gentil sabedora de tua grandeza
Tuas águas são alimento às tuas margens
Mas também elas se põem a te nutrir
Nas tuas curvas a compor as paisagens
Transmutas velhos ares, cresces com o teu ontem e continuas a fluir
Ah, rio
Gratidão pelo que diariamente me ensinas
Contigo entendo que o meu punhado ainda sombrio
É a correnteza oportunizando luz às minhas retinas.