Taciturna alma

Taciturna, centelha apagada;

tão cedo deitava, acordava!

Duas, ou três vezes, cuidada,

mais nada!

No balanço, as suas memórias;

entediada, balançava...

Duas, ou três vezes, acariciada,

mais nada!

Era planta, em uma sala;

sobre um vaso, decorava.

Naquela casa, já não estava;

duas, ou três vezes, molhada,

mais nada!

Cansada, repousava,

num pijama, a guardavam.

Sobre à cama, carne e alma;

duas, ou três vezes, ainda velada,

mais nada!

Dormira, não mais acordara;

planta morta, foi à cova,

Duas, ou três vezes, choraram,

mais nada!

Findo aqui, a essa estória;

desvanecida, sem uma glória.

Duas, ou três vezes, ainda narrada,

mais nada!

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Autoria: ChicosBandRabiscando

ChicosBandRabiscando
Enviado por ChicosBandRabiscando em 13/04/2021
Código do texto: T7231288
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