Taciturna alma
Taciturna, centelha apagada;
tão cedo deitava, acordava!
Duas, ou três vezes, cuidada,
mais nada!
No balanço, as suas memórias;
entediada, balançava...
Duas, ou três vezes, acariciada,
mais nada!
Era planta, em uma sala;
sobre um vaso, decorava.
Naquela casa, já não estava;
duas, ou três vezes, molhada,
mais nada!
Cansada, repousava,
num pijama, a guardavam.
Sobre à cama, carne e alma;
duas, ou três vezes, ainda velada,
mais nada!
Dormira, não mais acordara;
planta morta, foi à cova,
Duas, ou três vezes, choraram,
mais nada!
Findo aqui, a essa estória;
desvanecida, sem uma glória.
Duas, ou três vezes, ainda narrada,
mais nada!
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Autoria: ChicosBandRabiscando