Fazer Amor
É mais seguro tocar apenas o corpo
do que se permitir ter a alma
Acalentada pelo sentimento despido
Da fragilidade de um ato fútil
O tremor dos gemidos ecoando
Tão alto que impedem de ouvir
O palpitar de frágeis corações
Que jamais baterão em sincronia
O calor das chamas a flor da pele
Congela o romantismo genuíno
Casualmente e aleatoriamente
Na frigidez de um match vazio
O prazer da pele em lençóis caros
Que forram tantos túmulos gélidos
Onde sob o gozo da rotatividade
Com toda dignidade, fazer amor