Cansaço
Eu sinto cansaço
Cansaço de mim mesmo
Cansaço de viver entre a vida e a morte
Cansaço de tudo e ao mesmo tempo de nada
Cansaço dessa minha vida parada
Cansaço dessa minha vida vivida
Tão fatigada e tão esgotada
Cansaço de viver só por viver
Cansaço por ter vivido e sobrevivido a esse meu cansaço
Que sufoca o meu pescoço como um cadarço
Essa exaustão que não suporta mais o meu coração
Esse meu ser em pleno estado exaustivo
Que eu me sinto de mim mesmo cativo
Preso, aprisionado e abandonado na cadeia
Onde,a minha vida já está cheia
Do mais puro cansaço
Da laranja,eu me sinto como se fosse o bagaço
Eu nunca pude infinitamente viver
Só pude viver dias mal vividos
Todos exageradamente bem sofridos
Devido ao meu cansaço
Que é tão duro quanto aço
E quem, se encorajar
De mim, a perguntar
A duvidar de mim
A duvidar do meu cansaço
Esse cansaço da minha alma
Que não me acalma
Eu logo esse meu poema desfaço
E eu começarei a fazer outro
Que não tenha fim
Assim como o meu infinito cansaço
Que não é físico,mas sim psicológico
Desse meu ser ilógico.
Autor: Wilhans Lima Mickosz