PANDEMIA, PAÍS ENTREGUE À DESESPERACÃO ( 01/04/21)

Precisa-se cuidar do povo.

Cuidar da vida é preciso.

É mais do que urgente!

Cruzes fincadas não adornam

Os jardins do viver.

Não é essa a triste lembrança

Que queremos ter.

Palavras adocicadas ,

Vazias de sentido,porque padecem

De ação incisiva

E carência de humanidade

Por parte de quem pelo próximo

Não tem um mínimo de piedade,

Não devolvem vidas.

Sei também mentir,

Às vezes piedosamente.

Só não sei fingir

Que minto.

Não tem jeito!

Como não sentir

A dor intensa que sinto,

E que me punge

E me dilacera peito,

Prostrado a assistir

A tanto sofrimento?!

Como não chorar

A dor pungente

Que aflora o peito

Dessa pobre gente,

Entregue à desesperacão ?!

Doi a alma,ver brasileiros

Morrendo aos montes!

Só não sente comiseração

À aguda aflição

Que padece o povo brasileiro,

Aqueles miseráveis que têm

O coração de pedra e a alma de Gelo,criaturas pérfidas

Que não se apiedam, e até se deleitam com sofrimento alheio!

Monstros insensíveis ao tormento,

À tragédia da morte

De tanta gente,

Entregue à própria sorte!

O Brasil sofrendo

A sua maior tragédia sanitária!