SOBERBA


Bebo soberba n'água
- à mesa -
pra que gotas de soberba nutram minh'alma,
a gosto de hidrata sobremesa,
duma íntima certeza,
na mesma porção da sóbria ocasião,
de minha auto-elevação...

O digno é mero-numérico dígito.
E o rígido, é controle contábil da minha razão.

E se por nada pago - por ora,
- gratuita paixão -
quanto há de custar, doravante,
o prato da minha refeição (emoção)?



 
'meu equilíbrio é sensato; mas vez em quando, tropeça',
e quando cai, bate de cara - de frente, 
com seu sorriso bonito que franze a testa. 



'Dai-me o fruto, ó Senhor; Mulher de Direita, do pecado aberto.
Porque tenho fome - quero comer - e o que mata não é o desejo.
É a indecisão de não saber para si, aquilo que é certo' (Antonio Jadel)  



'Sechaba' (Vozes Reveladas)
https://www.youtube.com/watch?v=lPSl7l-5AQ0