Meu Espelho.
Eu não tenho a calma, que me expressas ao me ver.
Tão pouco espero sua aprovação.
Não procuro redenção.
Não me cabe, saber o que teu silêncio me diz.
Você vive minha sombra.
Dorme em minha cama.
Vive de minha sobra.
Ama, quem não te ama.
Eu escuto você dizer, o que eu já sabia.
Mas não tem coragem de fato.
Não conhece nada da vida.
Mas crítica tudo o que faço.
Teus olhar expressa atenção.
Seus trejeitos, eu já conheço.
De dia, procura paixão.
De noite, a satisfação.
Você está achando que eu vou me curvar.
Está pensando que eu sou você.
Não há o que relatar.
Você é de mim, o porquê?.
O talvez eu seja.
O quem sabe sou eu.
Nada és o que deseja.
E deseja tudo que és meu.
Se tudo, confuso lhe soa.
Saiba que isso, não é atoa.
Tolo é quem nunca entoa.
Um poema, de amor e não voa.
Quem se vê diante do espelho.
Esperando enxergar a beleza.
Encontrando em si, desespero.
De, reconhecer sua fraqueza.
Se o espelho pudesse dizer.
A mim seria, já chega!
Encontrei e ti a soberba.
De achar que sabe viver.
Não sabes o quando crescer.
Não vive para florescer.
Ignora o alvorecer.
E viverá somente a morrer.
Não verás o que há de melhor.
Não terás amor verdadeiro.
Enquanto você me olhar.
E não se encontrar por inteiro.
De tudo desejo, a paz.
Em tudo procuro amor.
Que em ti, nada se faz.
Se não por outro valor.
Logo terei o meu fim.
Pois nada na vida é eterno.
Mas sei algo fará.
Pra se despir de teu ego.
Sem vida ou ainda sem jeito.
Eu sou somente você.
Esperando o lindo desfecho.
Dos amores que tens a viver.