retirei areia dos olhos
para enxergar a ponte
não me contaram da noite
cheia de pernas e braços
da sua estranha viuvez
ontem passei num rio
sem saber a idade do tempo
escorreguei na pedra da dúvida
atravessei a ponte para o infinito
que minha psique encontrou
não permitirei suborno
ao meu inconsciente
o senhor das chaves viajou
mas lá dentro estou eu
sem saber sair de mim
buscar lobos no pensar
viver... aquele predador
levou um pedaço meu
ponte... rio... noite
eu me viro cangaceira de Lampião
de espingarda sem balas
mato o sonho com bandido
roubo pão ao esquecido
invado casas e rezo um terço
antes de matar a estranha dor
carrego uma cruz no pescoço pra ter fé
ponte...rio...noite
o sertão veste felicidade
quando pinga algo do céu
sertanejo retira o chapéu
agradece ao Nosso Senhor
de repente, a noite casa de novo com Lesbos
eu sou menina a brincar de mocinho e bandido
eu sou mais a caatinga da poesia doída
sertãozinho sem vaca não é vida
para enxergar a ponte
não me contaram da noite
cheia de pernas e braços
da sua estranha viuvez
ontem passei num rio
sem saber a idade do tempo
escorreguei na pedra da dúvida
atravessei a ponte para o infinito
que minha psique encontrou
não permitirei suborno
ao meu inconsciente
o senhor das chaves viajou
mas lá dentro estou eu
sem saber sair de mim
buscar lobos no pensar
viver... aquele predador
levou um pedaço meu
ponte... rio... noite
eu me viro cangaceira de Lampião
de espingarda sem balas
mato o sonho com bandido
roubo pão ao esquecido
invado casas e rezo um terço
antes de matar a estranha dor
carrego uma cruz no pescoço pra ter fé
ponte...rio...noite
o sertão veste felicidade
quando pinga algo do céu
sertanejo retira o chapéu
agradece ao Nosso Senhor
de repente, a noite casa de novo com Lesbos
eu sou menina a brincar de mocinho e bandido
eu sou mais a caatinga da poesia doída
sertãozinho sem vaca não é vida