A tragédia dos sonhos.
Desisto não tem lastro de consubstancialidade moral, imagino que a metafísica fez muito mal para essa gente.
Era possível outro caminho, a não ser a intuição do paraíso, não, devido a não existência do corpo.
Tão somente a alma, razão pela qual o sonho perdeu, construiu por meio da linguagem o delírio.
Ausência total, do mais humilde ao capataz, sonhar é viver a própria loucura, deste modo, melhor silenciar ao massacre.
Por um lado, velhos espertalhões, por outro, um povo abobado, como imaginar a incandescência, se o sol esconde por trás de uma enorme montanha.
Deste modo, não haverá hidrogênio no infinito, até acontecer a exaustão, quando o solo descansará em paz, prevalecerá apenas a ossada de bois teimosos.
Portanto, foi formatado a mimética cultural deste povo, consente e defende a dominação, tem como melhor escolha a tragédia.
Com efeito, a guerra é a própria morte, a vida a escravidão, sonhar é como morrer dormindo, nascer deste lado de cá, a pior maldição.
Não existe outro lugar para nascer, só onde eles explodiram as montanhas, então o infinito brilha, todavia, não aceitaram a metafísica.
O mundo é assim, deste modo, aqui, a noite é intensa, existe tempo para dormir, melhor não acordar até o coração parar.
A mais profunda ineptitude até o último instante.
Edjar Dias de Vasconcelos.