HECATOMBE
O grande trem descarrila.
A dicotomia entre bem e mal divide
os mundos num planeta colapsado.
A tragédia expõe o osso descarnado em sua corrosão.
O discurso de aroma abjeto fecunda as mentes pálidas.
O invasor rói a coragem e segue devastando, invisível.
Sob o invólucro negro jaz todos os pés inertes e lívidos.
Dentro das caixas, fósforos sem luz.
Os braços da cruz sugerem a dicotomia entre céu e inferno.
A sanha se Espanha pelas entranhas das sendas, bosques, alamedas...
As mãos aflitas espalmam suas lágrimas aos olhos do céu.
A esperança olha pela janela e ouve a respiração na pulsão
desesperada.
A vida respira por aparelhos.