Chegou a tormenta
Em tempos em tempos o ser humano constrói-se, destrói-se,
Corrói-se na solidão buscando explicação para sentimentos vazios
Atormenta-se com questionamentos e pensamentos destrutivos.
De um lado gritam as dores, do outro a saudade.
Saudade do tempo em que tudo parecia ir bem,
Saudade de quando os risos eram espontâneos,
As vibrações eram sempre positivas e brotavam como uma linda rosa em meio a grandes espinhos.
Desfruta-se no silêncio a mais gritante das dores;
Silencia-se a voz mais risonha da terra;
Escuta-se os lamentos mais profundos dos gemidos segurados por tempo.
Rompem-se duas partes que compunham o equilíbrio,
A loucura chegou.
Ouve-se de longe os barulhos que bradam socorro;
Vociferam as vozes que por muito tempo se silenciaram;
Calam-se as que por muito tempo berravam em altos e “inescutáveis” sons.
A loucura, controlada pelo desespero, regrada pela esperança, aprisionada pelo sonho, refutada pela realidade e findada pela dor, chegou.