Meus olhos choram borboletas

Meus olhos choram borboletas

Azuis por sinal, assim como o mar

E mais como o céu

Que quando escuro mostra o brilho da Lua

Que quando escondida

Sobressaem as estrelas

Nem todas são estrelas

Também os planetas nos fazem lembrar

Da esfericidade do nosso mundo

Contrariando a estupidez humana

Minha mente insiste em voar

Como os urubus

Planam no céu perto dos aviões

As vezes até derrubam alguns

O rio corre, as ondas avançam

O vento sopra

E o que tiver que cair, vai cair.

Não há santo nem herói que mude isso

Reparei que para a inocência humana

Ambos tem a mesma função:

Lembrar da banalidade de nossas vidas

E assim queremos seus super poderes

Para termos as mesmas regalias que eles tem

Assim nem ligamos de sermos tão explorados.

Sesamo

23.02.21